Tecendo o verbo tweetou para todas as mães! Aqui, ampliamos o tema e deixamos nosso carinho…
Por: Cristina Vergnano
Mães são flores que enchem de perfume e beleza o mundo, espalhando por ele suas sementes. Mesmo quando já não estão mais ao nosso lado, vivem em nós e continuam sua missão de amor. Um feliz dia para TODAS as mães, estejam onde estiverem!
(Tecendo o verbo no Twitter, em 10/05/2020, por Cristina Vergnano)
Hoje, segundo domingo de maio, comemoramos o dia das mães aqui no Brasil. Não é uma data universal, mas a compartilhamos com outros países: Alemanha, Austrália, Áustria, Canadá, China, Colômbia, Dinamarca, Equador, Estados Unidos, Finlândia, Grécia, Itália, Japão, Nova Zelândia, Países Baixos, Peru, Suíça, Taiwan, Turquia, Uruguai, Venezuela, Zâmbia. Maio também é o mês escolhido por alguns outros Estados, porém em diferente data (móvel ou fixa). E, ainda que em épocas distintas, as mães são sempre festejadas por esse mundo afora… E há suficientes motivos para isso!
Embora tenha havido celebrações voltadas à figura materna na antiguidade, a data como a conhecemos surgiu apenas na era contemporânea, mais precisamente no século passado. A comemoração nasceu nos Estados Unidos, no início do século XX, como uma homenagem a uma mulher e mãe ativista durante a guerra civil norte-americana, que faleceu em maio de 1905. No Brasil, foi instituída no governo de Getúlio Vargas, por decreto, em 5 de maio de 1932, apesar de, segundo os historiadores, ter havido uma primeira comemoração bem antes disso, em 1918, em Porto Alegre. Aqui, a data está relacionada, também, à influência do movimento feminista brasileiro que obteve o direito das mulheres ao voto nessa época, um pouco antes do início do Estado Novo.
Com o tempo, infelizmente, o que era para ser uma ocasião para reconhecer e homenagear o papel social, familiar e pessoal das mães nas nossas vidas revestiu-se, cada vez mais, de valores comerciais. Chega a ser, em nosso país, a segunda maior comemoração em termos comerciais, só perdendo para o Natal (lástima que assim o seja em ambos os casos!).
Aspectos comerciais aparte (que deveriam ser bastante secundários), não resta dúvida de que a figura materna se reveste de relevância capital em nossas vidas. Amamentação, cuidado, orientação, amor… Relação que não se desfaz nem com a morte, pois uma mãe nunca deixa de sê-lo, nem um filho, de ocupar este papel com relação a ela. Mesmo quando não as conhecemos, ou quando já não as temos conosco… ainda assim sua existência é inequívoca: nosso ponto de origem.
Na tradição cristã católica, maio encerra, ainda, a especificidade de ser dedicado à Maria como o seu mês… À Nossa Senhora, mãe de Jesus, que nos é dada como mãe pelo próprio Cristo, ao pé da cruz, na sua simbólica entrega a João: “Mulher, eis aí o teu filho. Eis aí a tua mãe.” (Jo 19, 26-27). Ao longo dos Evangelhos, com aparições discretas (mas de grande beleza e fé), é apresentada como mulher forte, corajosa, que enfrenta o sofrimento, mas que também sabe ser humilde, entregar-se, ouvir e guardar tudo, meditando em seu coração (Lc 2,19). Presta, ademais, atenção aos detalhes e intercede por nós junto ao seu Filho (Jo 2, 3-5), estando ao nosso lado. Nesse mês, a igreja católica celebra duas datas relacionadas a ela: 13, Nossa Senhora de Fátima, e 24, Nossa Senhora Auxiliadora. A mesma Maria, a mesma mãe amorosa, espelho e inspiração para as demais mães, nossa Mãe do Céu, embora com títulos diferentes. Tal tradição dá um valor religioso às comemorações voltadas às nossas mães, ressaltando a beleza do carinho que lhes dedicamos.
Independentemente de termos ou não uma religião (seja qual for), de nossas mães estarem ou não vivas, de serem mães biológicas ou adotivas, nelas está nossa origem, nosso porto seguro, nossa referência. (Imagino, mesmo, que sua ausência deixe um melancólico e ansioso sentimento de busca no coração daqueles que nunca as tiveram…) Mais do que uma data para presentear ou fazer festas (ainda mais neste ano, em que estamos, muitos de nós, isolados delas), este é um tempo para rezar e/ou para pensar positivamente em sua pessoa… Para lembrar dos momentos que compartilhamos e de tudo o que aprendemos. É um tempo de celebrar no coração e de agradecer, pois por amor, um dia, recebemos uma mãe!
Para você, mãe, uma flor…
… e um beijo!
Feliz, pacífico e abençoado dia!