<p>...</p><p>Que garota mais teimosa!!!! Se algo acontecer a ela... Eu ia pensando enquanto seguia pela trilha da direita. Senti o tremor e me desequilibrei um pouco. Não tinha sido muito forte. Como estávamos em terreno aberto, podíamos estar certos de nossa segurança. Foi, então, que ouvi o grito de socorro de Yukiko.</p><p>- <i><div class= "tooltip"> Herupu <span class= "tooltiptext"> Socorro (forma japonesa para a palavra em inglês "help" </span></div></i>!!!!</p><p>Virei-me imediatamente e corri de volta à ponte. Por um milésimo de segundo me senti paralisado ao vê-la pendurada na corda de sustentação da pontezinha semi tombada. Corri para ela, lhe agarrei o braço e disse:</p><p>- Aqui, segure a minha mão. Pode soltar! Eu a tenho firme. Não vai cair.</p><p>Puxei-a sem grande dificuldade e a ajudei a ficar em pé. Tentou andar, mas seu pé falseou.</p><p>- O que houve? Você se machucou? – perguntei, me dando conta de uma perturbadora e sincera preocupação.</p><p>- Acho que cortei o tornozelo numa protuberância quando caí.</p><p>- Aqui! Tome um pouco de água. Vamos lavar isso. Não é um corte profundo. Agora, cubra com este lenço – lhe disse, passando meu lenço. Já está! Não vai correr o risco de infeccionar devido a alguma sujeira...</p><p>- <i><div class= "tooltip"> Arigatō gozaimasu <span class= "tooltiptext"> Obrigada (em sua forma completa) </span></div></i>! – ouvi-a agradecer baixinho, olhando para o chão. Estaria encabulada?</p>\n[[>> Continua|Cap. 20.8]]\n\n[[<< Retorna à página anterior|Cap. 20.6]]\n\n
<p>...</p><p>Quando chegamos mais perto da bifurcação, vi que havia uma pitoresca ponte de madeira adiante, no caminho da esquerda. Transpunha uma vala não muito profunda e deixava ver uma vegetação interessante além. Minha veia de aventureira escritora de <i>manga</i> acabou falando mais alto e gritei:</p><p>- Nakamura-<i>senpai</i>! Ali há uma pontezinha com um terreno interessante logo depois. Creio que poderíamos achar nosso espécimen por lá.</p><p>- <i>Iie</i>! – ele respondeu. Vamos seguir pelo caminho da direita.</p><p>- Por quê? O que há de especial nele que não pode ser encontrado na minha opção?</p><p>- Não seja teimosa! A trilha mais livre segue por aqui. E eu coordeno a equipe, lembra?!?</p><p>Isso me deixou furiosa. Respondi sem pensar:</p><p>- Pois eu acho que você está com medo! – E, dizendo isso, tomei o caminho da esquerda, em direção à ponte.</p><p>- Muito bem! Faça como quiser! Mas depois não diga que não avisei...</p><p>Eu já estava sobre a ponte, quando senti um tremor de terra moderado. A corda de um dos lados da ponte suspensa cedeu. Desequilibrei-me e acabei caindo. Segurei na corda e fiquei pendurada. Gritei, então, por socorro!</p><p>...</p>\n[[>> Continua|Cap. 20.7]]\n\n[[<< Retorna à página anterior|Cap. 20.5]]\n\n
<p>...</p> <p>Ele me passou as instruções secamente e saiu caminhando na minha frente. Seguimos por uma trilha que se bifurcava umas centenas de metros adiante. Ele se mantinha calado, avançando com um passo firme. Parecia distraído.</p><p>Eu, que ia atrás, percebi que ele estava indo em direção à soqueira de uma planta que eu conhecia bem. Minha mãe a havia apresentado a mim e a Yoshi em nossa vila, com muitas recomendações. Tinha um ácido em suas folhas que causava queimaduras, irritação, desconforto e dor na pele ao contato. Apertei o passo e lhe dei um encontrão para o lado. Ele tropeçou e quase caiu. Lançou-me um olhar fulminante.</p><p>- Em que você está pensando? Quer causar um acidente?</p><p>- <i>Iie</i>! Evitar um! – disse em tom triunfante, com um sorriso firme.</p><p>- Como é que é? – perguntou com uma expressão perplexa e curiosa.</p><p>- Aquela planta ali. Eu a conheço. Suas folhas têm um ácido que tem efeito venenoso sobre a pele. Não é fatal, mas maltrata bastante! E você ia tão distraído...</p><p>- Ah! Bem... <i><div class= "tooltip"> arigatō <span class= "tooltiptext"> obrigado </span></div></i>. Mas poderia ter me avisado de forma mais civilizada.</p><p>Melhor era não responder e continuar no meu caminho, pensei comigo mesma. Não adiantava! Ele era um caso perdido!!!</p><p>...</p>\n\n[[>> Continua|Cap. 20.6]]\n\n[[<< Retorna à página anterior|Cap. 20.4]]\n\n
<p>...</p><p>Não acredito! De novo essa garota?!? Devo estar amaldiçoado!\nCaminhei com o passo lento até o professor, peguei o papel de instruções e disse a Yukiko, sem nem lhe olhar nos olhos:</p><p>- Ei, Hayashi-<i>san</i>! <div class= "tooltip"> Isoge <span class= "tooltiptext"> Apresse-se (forma de imperativo direto, mais rude) </span></div>! Não temos o dia todo e eu quero acabar logo essa tarefa. Espero que não me atrapalhe!</p><p>...</p>\n[[>> Continua|Cap. 20.5]]\n\n[[<< Retorna à página anterior|Cap. 20.3]]\n
<p>...</p><p>Minha apreensão voltou a crescer. Quem seria a minha dupla? Esperava que não fosse Nakamura-<i>senpai</i>! E, falando nele, olhei em volta e não o vi de imediato. Depois, percebi que ele estava afastado, encostado no ônibus, com um olhar de tédio e descontentamento. À minha volta, as meninas olhavam em sua direção, davam risadinhas, cochichavam entre si. Podia adivinhar o que pensavam e diziam; como desejavam ser escolhidas para uma dupla com ele.</p><p>De repente, senti pena de Nakamura-<i>senpai</i>. Estar sempre em evidência, não conseguir relaxar ou ter privacidade no ambiente escolar... Guardando as devidas proporções, devia ser como esses artistas ou personalidades importantes que não têm vida privada. No entanto... agora, até eu gostaria de poder formar uma dupla com ele, desde que essa fosse sua vontade também.</p><p>Nesse momento, recebi uma cutucada de Chihiro-<i>chan</i>:</p><p>- Yukiko-<i>chan</i>!!!! É você!!!</p><p>- Eu? Eu, o quê???</p><p>- Você vai fazer dupla com Nakamura-<i>kun</i>!</p><p>Gelei! Podia ouvir os muxoxos desagradados das outras meninas da turma. Olhei para Nakamura-<i>senpai</i> e dei direto com seu olhar frio e sério. Não havia uma expressão definida de desagrado, raiva ou qualquer outra coisa. Mas eu sentia que ele preferiria não ter sido indicado para trabalhar comigo. Então, aquele sentimento melancólico de quase solidariedade para com ele de fazia poucos minutos atrás foi substituído impetuosamente por uma raiva contida e... um desapontamento?!?</p><p>...</p>\n[[>> Continua|Cap. 20.4]]\n\n[[<< Retorna à página anterior|Cap. 20.2.1]]\n\n
<p>...</p><p>Eu estava inquieta. Hoje iríamos fazer uma excursão de campo com uma turma parceira do terceiro ano, justamente a de Nakamura-<i>senpai</i>! Havia um misto de apreensão e expectativa em minha mente. Desde que Maiara estivera conosco e tínhamos tido aquela desconcertante conversa após o jantar do primeiro sábado dela no Japão, na casa dos Nakamura, não conseguia evitar tremer sempre que via aquele garoto.</p><p>- <i><div class= "tooltip"> Ohayō <span class= "tooltiptext"> Bom dia </span></div></i>, Nakamura-<i>senpai</i>! – cumprimentei-o no portão de saída.</p><p>- <i>Ohayō</i> – respondeu sem sequer me olhar.</p><p>Caminhamos para o colégio a uma distância “segura” um do outro. Entramos como se fôssemos estranhos e como se não estivéssemos prestes a participar de uma mesma atividade escolar. Os ônibus já estavam esperando. Yamamoto-<i>kun</i> e Chihiro-<i>chan</i> acenaram, me chamando para ficar perto deles. Estavam bem animados.</p><p>Nossos <i><div class= "tooltip"> sensei <span class= "tooltiptext"> professores </span></div></i> nos receberam. Confirmaram nossas presenças e autorizações e nos pediram para entrar nos transportes.</p>\n[[>> Continua|Cap. 20.2.1]]\n\n[[<< Retorna à página anterior|Cap. 20.1]]
<p>...</p><p>No dia da atividade, minha mãe me entregou um <i>bentō</i> especial e me aconselhou a, sempre que possível, prestar atenção a Yukiko. Segundo ela, a garota não tinha tido muitas oportunidades de participar desse tipo de atividade aqui, num colégio de Tokyo. Então, poderia precisar de algo e eu poderia ser de grande ajuda.</p><p>Teria ignorado, se pudesse, mas ela fez a recomendação diretamente a mim, me olhando nos olhos, enquanto me entregava a marmita cuidadosamente embrulhada. Por isso, lhe disse, simplesmente:</p><p>- Não creio que seja necessário. Haverá professores conosco.</p><p>- Quanto mau humor, Akira! Tente aproveitar um pouco. Em breve estará na universidade e logo será um adulto trabalhando...</p><p>- Sei... <i><div class= "tooltip"> Itte kimasu <span class= "tooltiptext"> despedida ao sair de casa </span></div></i>! – disse secamente e saí.</p><p>...</p>\n[[>> Continua|Cap. 20.2]]\n\n[[<< Retorna à página anterior|Cap. 20.0]]\n
<p>- Essas saídas são bem legais, <i>ne</i>, Nakamura-<i>san</i>? – perguntou animado meu colega, Miyazaki.</p><p>- Não sei por que tanta animação! Não é nenhum passeio, é estudo – resmunguei quase para mim mesmo.</p><p>-Ah, claro! Você não gosta muito de atividades socializadoras, certo?! Além do mais, acabei de me dar conta de seremos parceiros da turma daquela garota... Hayashi-<i>san</i>! A prima daquela brasileira interessante...</p><p>- Certo! ...</p><p>A perspectiva me desagradava cada vez mais. Já não era incômodo o bastante vê-la diariamente na saída ou na chegada de casa, quando minha mãe inventava algum evento com as duas famílias, ou quando ela esbarrava em mim aqui no colégio? Agora teria que aguentar sua presença numa excursão de dia inteiro! O que eu não sabia era que a história não pararia por aí, apenas no fato de vê-la...</p> <p>...</p>\n[[>> Continua|Cap. 20.1]]\n\n[[<< Retorna à página anterior| 20.\tAcidentes acontecem... Oportunidades de ser herói e heroína.]]
/* Tooltip container */\n.tooltip {\n position: relative;\n display: inline-block;\n border-bottom: 2px dotted blue; /* If you want dots under the hoverable text */\n}\n\n/* Tooltip text */\n.tooltip .tooltiptext {\n visibility: hidden;\n width: 120px;\n background-color: #555;\n color: #fff;\n text-align: center;\n padding: 5px 0;\n border-radius: 6px;\n\n /* Position the tooltip text */\n position: absolute;\n z-index: 1;\n bottom: 125%;\n left: 50%;\n margin-left: -60px;\n\n /* Fade in tooltip */\n opacity: 0;\n transition: opacity 0.3s;\n}\n\n/* Tooltip arrow */\n.tooltip .tooltiptext::after {\n content: "";\n position: absolute;\n top: 100%;\n left: 50%;\n margin-left: -5px;\n border-width: 5px;\n border-style: solid;\n border-color: #555 transparent transparent transparent;\n}\n\n/* Show the tooltip text when you mouse over the tooltip container */\n.tooltip:hover .tooltiptext {\n visibility: visible;\n opacity: 1;\n}\n
<b><h2>Acidentes acontecem... Oportunidades de ser herói e heroína.</h2></b>\n\n\n<i><small> O perigo pode nos despertar para o outro. O importante é desejarmos ver.</small></i>\n\n\n<p>Estávamos próximos do final do ano. Muitas coisas aconteceram e nem sempre pude me livrar da presença de Yukiko. Não sei o que me irritava mais: se seu jeito estabanado; seu olhar inquisidor, como se estivesse querendo radiografar minha alma; ou o quanto tudo isso tirava minha tranquilidade. Afortunadamente, este era meu último ano no colégio. Em março do próximo ano, eu estaria formado e poderia partir para realizar meu projeto universitário, longe dela!</p><p>Cheguei ao colégio pensando nessas coisas. Embora fosse incomum, Yukiko já havia saído quando eu desci para o café. Parece, pelo que disse minha mãe, que tinha um trabalho para finalizar antes da primeira aula. Ela a tinha visto no portão, pela janela do vestíbulo, e haviam se cumprimentado. Bem... que me importa? Foi uma ótima oportunidade para comer com calma, sem o receio de ter que me encontrar com ela na saída.</p><p>Ao começar a aula, recebemos uma notícia inesperada de nosso <i>sensei</i>. Teríamos uma saída de campo na próxima semana. Em cada dia da semana haveria uma dupla de turmas. Fazia parte de um projeto de biologia e integraria sempre uma turma de terceiro ano e uma de segundo. Para meu desagrado completo, descobri que nossos parceiros seriam justamente os colegas da turma de Hayashi Yukiko.</p>\n[[>> Continua|Cap. 20.0]]
<p>O trajeto foi muito bonito, mas minha mente estava distante. Ao chegarmos, descemos e um dos <i>sensei</i> se adiantou para nos dar as instruções de trabalho.</p><p>- O objetivo desta excursão é fazer uma coleta de espécimes para um relatório final deste trimestre para biologia, segundo o que estávamos estudando no capítulo 10 do livro – falou ele. Ele será realizado em duplas. Cada uma estará composta de um <i><div class= "tooltip"> senpai <span class= "tooltiptext"> veterano </span></div></i>, do terceiro ano, que coordenará os trabalhos, e um <i><div class= "tooltip"> kōhai <span class= "tooltiptext"> calouro (mas, neste caso, sgnifica apenas aluno mais novo, menos antigo em relação aos outros do terceiro ano) </span></div></i>. Essa colaboração com estudantes de níveis diferentes visa ao incremento acadêmico de ambas as partes. Por isso, <i><div class= "tooltip"> ganbatte kudasai <span class= "tooltiptext"> Façam o seu melhor (uso mais formal da expressão de ânimo, com o acréscmo de "kudasai"= por favor; este "por favor" se usa após um verbo.) </span></div></i>! As duplas já estão definidas. Em breve as darei a conhecer. Cada uma receberá uma folha com as instruções. Após coletar o espécimen devem prepará-lo adequadamente, fazer as anotações preliminares e retornar ao ponto de encontro. Nossa saída de regresso a Tokyo será às 16 horas. Os relatórios serão feitos no colégio e em casa para serem entregues em 15 dias.</p><p>...</p>\n[[>> Continua|Cap. 20.3]]\n\n[[<< Retorna à página anterior|Cap. 20.2]]
<b><h2>Caleidoscópio: fragmentos coloridos de vida</h2></b>
<p>- Acho que nós também. Vejo nosso espécimen ali na beira do caminho. Vou coletá-lo e, assim, evitar novos desastres!</p><p>Dizendo isso, dei a volta e fui apanhar a planta e colocá-la no saco de coleta. Mas, antes, passei por Yukiko e sussurrei bem próximo ao seu ouvido: - Estamos quites!</p><p>Yamamoto resmungou qualquer coisa, aborrecido, e saiu com Yukiko para o local de encontro.</p><p>- Uhmmmm! Nakamura-<i>san</i>, sua gentileza é proverbial! Que bicho lhe mordeu? – me disse Miyazaki.</p><p>- Não sei do que você está falando, Miyazaki-<i>san</i>. Nada aconteceu de sério e o trabalho está acabado. Além do mais, ela é um desastre ambulante. Os acidentes parecem acompanhá-la...</p><p>- Uhummmm... – apenas murmurou, com um olhar malicioso, meu colega de turma.</p>\n[[Voltar ao início do Capítulo| 20.\tAcidentes acontecem... Oportunidades de ser herói e heroína.]]\n\n[[<< Retorna à página anterior|Cap. 20.8]]\n\n[[Ir para o Sumário|Sumário]]\n\n[[Voltar ao Início|Start]]
<p>Nesse momento, vieram correndo Yamamoto e Miyazaki, que formavam uma das duplas do trabalho.</p><p> - Yukiko-<i>chan</i>! – gritou de longe Yamamoto. - Sentimos o tremor, depois ouvimos o seu pedido de socorro... Está tudo bem com você?</p><p>Pude perceber que ele parecia verdadeiramente preocupado com ela.</p><p>- Não foi nada. Eu estava na ponte. O tremor me desequilibrou e eu fiquei pendurada. Nakamura-<i>senpai</i> me ajudou a sair...</p><p>- <i><div class= "tooltip"> Arigatō <span class= "tooltiptext"> Obrigado </span></div></i>, <i>senpai</i>! – agradeceu Yamamoto, passando direto por mim e indo olhar de perto e ajudar Yukiko.</p><p>- <i><div class= "tooltip"> Dō itashimashite <span class= "tooltiptext"> De nada </span></div></i>! Não foi nada! Sua amiga tem a tendência a se meter em acidentes. Aliás, foi ela quem escolheu esta rota. Eu disse que deveríamos seguir a trilha! – respondi forçando desdém. Mas... no fundo... sua preocupação por ela não me caía bem.</p><p>- Vocês conseguiram seu espécimen? Porque eu acho que já está bem para vocês dois por hoje, não é, <i>senpai</i>?!? – comentou contrariado Yamamoto. Miyazaki-<i>senpai</i> e eu já terminamos, certo?!</p><p>Miyazaki acenou afirmativamente com a cabeça.</p>\n[[>> Continua|Cap. 20.9]]\n\n[[<< Retorna à página anterior|Cap. 20.7]]
\t\t<b><h2>Caleidoscópio: fragmentos coloridos de vida</h2></b>\n\t\t\t\t\t\t\t<i><font size=+1>Cristina Vergnano</font></i>\n\n\n <img src="imagens/capa-caleidoscopio.png" alt="Protagonistas diante de cenário da ponte <i>Rainbow</i> na baía de Tokyo e a imagem do caleidosópio.">\n\n\n<p>Esta história é minha pequena homenagem aos criadores japoneses de <i>manga</i> e <i>anime</i>, cuja arte atravessa fronteiras e delicia pessoas de todo o mundo.</p><p>Dedico, também, com carinho, o romance <i>Caleidoscópio</i> a duas amigas, Nícia e Chizu. Espero que eu tenha conseguido refletir respeitosamente um pouco de sua cultura e raízes, mesmo que com um saborzinho brasileiro.</p>\n\n[[Ir para "Acidentes acontecem..." | 20.\tAcidentes acontecem... Oportunidades de ser herói e heroína.]]\n\n[[Notas importantes|Nota importante]]\n\n[[Ir para o Sumário|Sumário]]
Uma visita veio de longe. Excitação, novidades e uma provocação.\n\nRevelações inconvenientes. Olhares estrangeiros podem, também, perceber muito.\n\nDois trimestres tumultuados. Entre rechaços, aproximações e estudo.\n\n[[Acidentes acontecem... Oportunidades de ser herói e heroína.| 20.\tAcidentes acontecem... Oportunidades de ser herói e heroína.]]\n\nFinalmente, a coragem para se declarar. Desilusão e uma porta aberta.\n\nSeparados por uma pequena diferença de idade. Alívio ou conflito?\n\nUm momento difícil. O congelamento de um sonho.\n\nAbrem-se portas. Retomam-se sonhos. \n\nMudam-se caminhos. Reinventam-se relações.\n\nEstar para sempre ao seu lado. O fio que levou ao fim do labirinto.\n\nPais de novo. Nasce Kazumi.\n\nNão se combatem as forças da natureza. Uma vida de amor ameaçada.\n\nNossas vidas são como desenhos em um caleidoscópio. A recuperação de Yukiko.\n\nEpílogo. Fecha-se o círculo.\n\n\nIntertextualidades em Caleidoscópio\n\n\n[[<<Retorna à página anterior do Sumário|Sumário]]\n\n[[<<Voltar ao Início|Start]]
<b><h2>Notas importantes</h2></b>\n<ul type="square">\n<li>Antes que você comece a leitura, gostaria de explicar que os nomes dos personagens do romance estão apresentados segundo a estrutura da língua japonesa. Ou seja: primeiro aparecem os sobrenomes, depois os nomes. Sendo assim, nossos protagonistas, por exemplo, são os jovens: Nakamura Akira e Hayashi Yukiko. Ele, Akira, é o filho mais velho da família Nakamura; ela, Yukiko, a filha mais velha da família Hayashi.<br>Esta opção foi feita para ajudar a criar o clima do drama, nos aproximando um pouquinho mais da cultura e da língua japonesas. O mesmo explica a presença de várias palavras, em especial formas de tratamento e saudações, em japonês ao longo do texto. A única ressalva, aqui, é que foi usado o nosso alfabeto para representar a estrutura fonética desses vocábulos, não os silabários ou ideogramas próprios desse idioma.</li><br>\n<li>A língua japonesa tem vogais que soam mais longas e isso faz diferença em palavras que se escrevam igual e cuja única distinção seja entre uma vogal normal e outra longa. Por exemplo, é o que observamos entre <i>“obaasan”</i> (avó) e <i>“obasan”</i> (tia). Quando transpomos os caracteres japoneses (os silabários <i>hiragana</i> ou <i>katakana</i>) para nosso alfabeto (<i>rōmaji</i>) há formas distintas de marcar essa diferença. Uma delas, talvez a mais simples, é repetir a vogal que se pronuncia de forma mais longa. Foi o que se viu no exemplo anterior, o de <i>“obaasan”</i>. <br>Acontece que, no caso das palavras com “o” longo, o caractere do silabário japonês que se acrescenta à sílaba com a vogal longa é o equivalente ao “u”. Por isso, é comum vermos outra forma de representação com "ou", por exemplo, como em <i>“arigatou”</i> (obrigado). O problema é que isso não deve ser pronunciado como um ditongo “ou”, mas apenas como “oo”.<br>Numa terceira e última forma de representação, até para evitar a tendência errada de pronunciar “o” longo como “ou”, podemos usar um sinal sobre o “o” chamado <i>macron</i> (um tracinho horizontal sobre a vogal e que indica alongamento de sua pronúncia). Esta foi a nossa opção para representar o “o” longo em nossa história. Por isso, quando virem uma palavra como <i>otōsan</i> (pai), leiam <i>“otoosan”</i>, certo?!</li>\n<li>As fotos, vídeos e imagens presentes nos <i>links</i> do romance <i>Caleidoscópio</i> fazem parte desta obra hipertextual e multissemiótica e são, em geral, de minha criação. As imagens de adolescentes, típicas de <i>anime</i>, usadas na composição do <i>folder</i> e da ilustração de abertura, foram adquiridas, com licença plena de uso, na Unity Asset Store e editadas por mim para compor as imagens finais. Agradeço a W. Leite pela elaboração e cessão do vídeo do caleidoscópio, no <i>link</i> do penúltimo capítulo.</li></ul>\n[[Ir para "Acidentes acontecem..." | 20.\tAcidentes acontecem... Oportunidades de ser herói e heroína.]]\n\n[[Ir para o Sumário|Sumário]]
<i><font size=+1>Cristina Vergnano</font></i>
<b><h2>SUMÁRIO</h2></b>\n\n\n[[Início|Start]]\n\n"Palavras da autora"\n\nEra uma vez... uma introdução. A narradora se intromete na história.\n\nDespertando de uma longa noite. Aqui começa (?) a história. \n\nCafé da manhã em família... E ausência.\n\nNasce Akira. A chave para uma mudança.\n\nLindo brilho da aurora. A pequena Kemi-<i>chan</i> vem ao mundo.\n\nMudança de vida é pouco! Yukiko introduz sua versão da história.\n\nDesafios e enfrentamentos. Início da odisseia escolar em Tokyo.\n\nQue garoto estranho!!!! Começa a nascer uma atração.\n\nPrimeiras impressões de Nakamura-<i>kun</i>. Ela é uma garota irritante!\n\nDifícil ignorar o que se insinua constantemente. Alguns incidentes que despertaram a mente de Nakamura-<i>kun</i> para Yukiko.\n\nNova mudança. O que já anda ruim pode ficar pior?\n\nNão é possível!!! Quando o destino nos prega a maior das peças...\n\nUm trimestre de tensão. Volta das férias de verão e a caminho da mudança.\n\nMudança e enfrentamento. Começa a aproximação de Akira e Yukiko.\n\n\n“O prego que se sobressai é o primeiro ser martelado”. Desvelando um pouco do misterioso Akira.\n\nEfeitos da mudança. Algo realmente está começando a se alterar.\n\n[[>> Continua|Sumário b]]